"as cidades mais"... ou "as cidades menos..." parecem ser atualmente termos de pesquisa frequentes nos motores de busca mais populares da internet e parecem, ao mesmo tempo, gerar cada vez mais resultados para consulta.
Há hoje uma série de novos modelos de cidade, ou movimentos urbanos, que têm subjacente a ideia – nem sempre explícita – de que as cidades precisam aumentar a sua visibilidade, oferecendo, aos seus habitantes, trabalhadores, turistas e visitantes, empresas e utilizadores em geral, alguma coisa que não seja ainda oferecida por outras cidades. Esta ideia tem, naturalmente, subjacente o, já amplamente discutido, pressuposto de que as cidades estão hoje continuamente em concorrência com outras cidades – geograficamente próximas mas também de universos geoculturais distintos – com as quais competem pela atração de fluxos variados.
Foi neste contexto que surgiu, a partir dos anos 1960, no mundo empresarial e em particular nos EUA, um instrumento denominado Planeamento Estratégico para a conquista de novos mercados. No fim dos anos 1980, a metodologia do planeamento estratégico começou a ser usada no setor público, com uma ênfase especial nas cidades. Aí, tornou-se uma componente do Planeamento Urbano, consolidando-se nos anos 1990.
Baseando-se na ideia da gestão empresarial das cidades – que remete para as questões das marcas e dos logótipos das cidades – o objetivo do Planeamento Estratégico é tornar as cidades polos atrativos de atividades económicas que lhes garantam crescimento económico, produtividade e competitividade. Como as empresas, as cidades são concebidas como atores económicos que encontram na lógica do mercado um modelo de planeamento e execução para as suas ações. O planeamento estratégico das cidades é, então, pensado e desenvolvido face aos impulsos da globalização, que subordinam as cidades à criação de instrumentos virados para o incremento da sua competitividade e para a sua oferta no mercado global.
Esta forma de planeamento acabou por se difundir muito rapidamente, consolidando-se como modelo no final do séc. XX e início do séc. XXI. Baseando-se no paradigma da competição entre as cidades, o planeamento estratégico é dotado de um marketing territorial cada vez mais agressivo.
Foi neste contexto que muitas cidades se viraram para a tentativa de aquisição de um título específico. Além dos mais conhecidos modelos de cidades – como as cidades criativas, cidades verdes, cidades digitais, cidades lentas, cidades saudáveis, entre muitos outros sempre em emergência – e dos frequentes adjetivos com que se autodenominam e se promovem como forma de se qualificarem e de distinguirem das outras…
Foi neste contexto que surgiu, a partir dos anos 1960, no mundo empresarial e em particular nos EUA, um instrumento denominado Planeamento Estratégico para a conquista de novos mercados. No fim dos anos 1980, a metodologia do planeamento estratégico começou a ser usada no setor público, com uma ênfase especial nas cidades. Aí, tornou-se uma componente do Planeamento Urbano, consolidando-se nos anos 1990.
Baseando-se na ideia da gestão empresarial das cidades – que remete para as questões das marcas e dos logótipos das cidades – o objetivo do Planeamento Estratégico é tornar as cidades polos atrativos de atividades económicas que lhes garantam crescimento económico, produtividade e competitividade. Como as empresas, as cidades são concebidas como atores económicos que encontram na lógica do mercado um modelo de planeamento e execução para as suas ações. O planeamento estratégico das cidades é, então, pensado e desenvolvido face aos impulsos da globalização, que subordinam as cidades à criação de instrumentos virados para o incremento da sua competitividade e para a sua oferta no mercado global.
Esta forma de planeamento acabou por se difundir muito rapidamente, consolidando-se como modelo no final do séc. XX e início do séc. XXI. Baseando-se no paradigma da competição entre as cidades, o planeamento estratégico é dotado de um marketing territorial cada vez mais agressivo.
Foi neste contexto que muitas cidades se viraram para a tentativa de aquisição de um título específico. Além dos mais conhecidos modelos de cidades – como as cidades criativas, cidades verdes, cidades digitais, cidades lentas, cidades saudáveis, entre muitos outros sempre em emergência – e dos frequentes adjetivos com que se autodenominam e se promovem como forma de se qualificarem e de distinguirem das outras…
Em Portugal, naturalmente entre outros possíveis, encontram-se os seguintes exemplos:
Aveiro, Veneza portuguesa
Beja, cidade do vinho
Braga, cidade dos arcebispos
Coimbra, cidade do conhecimento
Évora, cidade-museu
Lisboa, cidade das sete colinas
Porto, cidade invicta
Viana do Castelo, cidade saudável
Viseu, cidade-jardim.
… as cidades tentam ainda ser a cidade mais “qualquer coisa” quando se trata de um atributo positivo…
Cidades com melhor qualidade de vida
Fonte: http://www.deco.proteste.pt/qualidade-de-vida-inquerito-em-76-cidades-s487991/imprimir-p72336.htm
Cidades mais seguras e com melhor qualidade de vida
As cidades mais saudáveis
… ou ainda a cidade menos “qualquer coisa”, se se tratar de um atributo negativo:
A cidade menos suja
As cidades menos poluídas
A cidade menos violenta
Numa análise crítica destes casos, meramente exemplares, poder-se-ia talvez afirmar que, tão ou mais importante do que aquilo que as cidades são ou produzem é, na verdade, aquilo que parecem ser ou produzir.
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